Do sonho com um corpo saudável à luta por justiça: o passo em falso na Academia.
- Fernando Pansera
- 2 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
Uma história real de acidente na academia que terminou com indenização.

Ana sempre foi uma pessoa ativa mas, com a rotina agitada de trabalho, não sobrava tempo para praticar esportes e cuidar da sua saúde.
Decidida a mudar de vida, ela finalmente encontrou tempo para cuidar de si mesma e se matriculou em uma academia de musculação.
A alegria dos primeiros dias, a sensação de bem-estar e a esperança de conquistar um corpo saudável e mais bonito logo se transformaria em um pesadelo.
Em um dia como outro qualquer, enquanto se exercitava, Ana escorregou em uma área molhada do piso e sofreu uma grave lesão. A dor, a frustração e a incerteza sobre o futuro a abalaram profundamente.
Cirurgia, fisioterapia, medicamentos e a impossibilidade de realizar suas atividades como dirigir e caminhar, tornaram sua vida um verdadeiro desafio.
Mas Ana não estava sozinha. Com o apoio de um amigo advogado, ela decidiu buscar seus direitos e responsabilizar a academia pelo acidente. Afinal, a empresa tinha o dever de garantir a segurança dos seus clientes e evitar situações como essa.
O juiz reconheceu a responsabilidade da Academia como se pode ler no seguinte trecho da sentença:
"A partir das filmagens do local no momento do acidente constata-se que duas faxineiras da academia, alguns instantes antes da queda em questão, estavam passado pano molhado no local, sendo que, logo em sequência, saíram do espaço deixando o chão molhado e sem qualquer placa de sinalização, a fim de alertar as pessoas que transitavam na localidade."
"Sob esse viés, tenho como indubitável que a ré não sinalizou o local de forma adequada, deixando de adotar medidas de segurança as quais poderiam evitar o acidente em questão."
Por isso, a academia foi condenada a ressarcir as despesas médicas de Ana, no valor de R$ 8.000,00.
Além disso, o juiz entendeu que "a perturbação, agonia e sofrimento decorrentes da cirurgia, tratamento médico e do próprio acidente, são circunstâncias hábeis a violar a integridade física e psicológica da pessoa média."
"Conforme fotos e radiografias, constata-se, como sequelas do acidente, em adição às chapas e aos pinos de metal, duas cicatrizes de tamanho considerável no tornozelo esquerdo: uma do lado interno e a outra do lado externo. Tendo em vista a ofensa e o sofrimento, experimentados pela autora, em virtude do acidente" [condeno a Academia a pagar indenizarção por danos morais no valor de R$ 15.000,00 e de danos estéticos no valor de R$10.000,00.]
Apesar de a Academia ter apresentado Recurso de Apelação, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais manteve a sentença. Total da indenização: R$ 33.000,00.
Apelação Cível 1.0000.24.343096-4/001 TJMG



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