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A última caminhada de Dona Maria: negligência médica que terminou em indenização


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Imagine a angústia de um filho ao encontrar sua mãe, debilitada, desacordada, em uma calçada, logo após ter sido liberada de um hospital. Essa foi a dolorosa realidade de Geraldo*, que viu sua vida mudar drasticamente em um único dia.


Dona Maria*, uma mulher de 65 anos, com uma vida simples, procurou atendimento médico em um hospital de Guarulhos, sentindo-se mal. Com um quadro de pressão alta e taquicardia, ela esperava receber o cuidado necessário para se recuperar. No entanto, após um breve período internada, foi liberada, mesmo sem ter recebido o tratamento adequado.


Horas depois, seu filho Geraldo, desesperado com o desaparecimento da mãe, a encontrou caída na calçada em frente ao hospital. A cena era chocante: Dona Maria estava desacordada, com um acesso venoso e uma pulseira de identificação, como se tivesse acabado de sair do hospital. Infelizmente, ela não resistiu e veio a óbito.


A dor da perda foi ainda mais intensa quando Geraldo descobriu que o hospital havia cometido uma série de falhas no atendimento à sua mãe. Não havia um prontuário completo sobre a internação, e a liberação da paciente ocorreu de forma precipitada e irregular.


Inconformado com a perda e revoltado com a negligência do hospital, Geraldo decidiu procurar um advogado. Após um longo processo judicial, a 8ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o Município de Guarulhos e o hospital a indenizar o filho de Dona Maria em R$ 150 mil por danos morais.


A decisão judicial reconheceu que a morte de Dona Maria foi resultado de uma sucessão de erros e omissões por parte dos profissionais de saúde. A falta de cuidado e a negligência no atendimento causaram um sofrimento imensurável à família e justificam a indenização por danos morais.


Fica o alerta para todos nós: A história de Dona Maria serve como um triste lembrete da importância de buscarmos sempre um atendimento médico de qualidade e de exigirmos nossos direitos como cidadãos. Quando falhamos em receber o cuidado adequado, temos o direito de buscar justiça e responsabilizar aqueles que nos causaram danos.


História do processo de Apelação nº 1021430-66.2021.8.26.0224 do TJSP.


*Nomes fictícios.

 
 
 

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